segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Os Miseráveis: Lute, Sonhe, Espere e Ame

Tom Hooper aposta no seu filme-musical na concorrência pelo Oscar 2013

Adaptação de Broadway, que por sua vez foi inspirado na clássica obra do escritor Victor Hugo
                                                                                 Guilherme de Moraes Corrêa
Logo no começo do filme, já é lançado uma cena com musical, cenário de com uns homens (escravos), todos sujos, tristes, feridos, entre eles o nosso protagonista Jean Valjean (Hugh Jackman), junto do antagonista inspetor Javert (Russell Crowe). Lembrando que esse filme, com esses dois atores nos personagens é bem diferente dos que eles já interpretaram no cinema, é foi impressionante ver algo diferente e não percebe-se nenhum clichê.



      O grande desafio desse filme, é que a história toda é um musical, onde as falas, tudo é cantado, e parece até um teatro de Broadway realista, o que me deixou muito emocionado, porém o publico ficará a disposição de prestar muito a atenção, pois ele tem momentos cansativos que não atrai muito de quem está assistindo.


     
      As passagens mais chocantes, fortes e bem interpretadas é a nossa personagem Fantine, interpretada pela estrela Anne Hathaway, em tempos ela não vem fazendo um bom papel em um filme como foi esse, sendo que para interpretar nesse longa, ela teve que emagrecer 15 quilos!! Fantine é uma mulher muito batalhadora, sofredora, que com muita força de vontade vende o cabelo e os dentes para salvar a filha da miséria.


     A miséria sofrida na França no século XIX, é horrível, é assustadora, foi assim a luta pela Revolução Francesa do XIX, assim como o começo do filme, Jean Valjean é liberto por uma condicional, os papéis para arrumar um emprego e recomeçar a vida, sendo que vai ter que carregar as dores do passado, foi preso por conta de roubar um pão porque a filha de sua irmã estava morrendo.


     Passa-se os anos, Jean Valjean torna-se o Prefeito da cidade, ajudando quem podia, naquela situação de miséria do povo, pois na fábrica, temos nossa batalhadora Fantine que é mandada embora, por conta de receber mais, em troca de noites com o chefe, já que sofria de sua filha estar na rua, com uma família adotiva, pois queria arrumar um médico para tratar da saúde da menina.


      Nesse meio ponto da história, ela faz de tudo para conseguir um dinheiro, vendendo os cabelos lindos e os dentes, ela vai de frente com a miséria e o inferno da vida nada agradável de uma cortesã. O que acontece ao longo da história desse musical, é que Jean Valjean acaba tendo o encontro com Fantine, onde descobre o amor e é descoberto como prisioneiro e nosso antagonista, inspetor Javert começa uma perseguição muito forçada para acabar com a vida de Jean.



    Jean vai atrás da filha de Fantine, a Cosette (Amanda Seyfried), que acaba comprando-a da família adotiva que tratava como um lixo, formada por:  a madrasta, Madame Thénardier (Helena Bonham Carter), o padrasto, Monsieur Thénardier (Sacha Baron Cohen) e a possível "meia-irmã", Eponine (Samantha Barks), nesse trecho do filme não me agradou muito, por conta da nossa queridinha Helena Bonham Carter receber um papel muito óbvio, sempre a malvada, com cara de bruxa e maluca como sempre foi seus papéis anteriores, achei bastante clichê, até por conta da parte musical, relembrei de outro musical, onde ela mesma recebe o papel da malvada e bruxa da história.


    Relembra muito "Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet", a parte de recolher restos humanos e colocam em uma máquina de moer carne e faz para comer, foi muita falta de criatividade no aspecto de parecer muito nos "Os Miseráveis" (Les Misérables) imita o mesmo tipo de cena, pegando restos humanos e colocando na máquina de moer carne para também comer, lembrando que são dois filmes diferentes, só achei convincente que essa ideia já foi produzida.


    Enfim, o drama, a história, os personagens são cativantes, cenários incríveis iram atrair muito os fãs curiosos e aqueles que já sabem o estilo de filme-musical, é um prato cheio para quem gosta, interessa-se pelo contexto baseado em uma obra clássica de Victor Hugo, acredito que Tom Hooper apostou bem na concorrência pelo Oscar 2013, só espero que ganhe pelo menos em 2 categorias, apesar de ser muito clichê trazer para o cinema uma adaptação de Broadway não foi um tanto criativo, apesar de o espetáculo já ser um grandioso sucesso. O Oscar de todos os anos, os especialistas em cinema analisam cada detalhe antes da premiação. Espero que o público experimente esse drama-musical com os olhos e com os sentimentos artísticos, porque a arte com certeza é a melhor forma de interpretar a liberdade.

Um comentário:

  1. Meus parabéns, o site é muito bom e eu adorei o filme e suas críticas, e visão do filme o descrevem bem.
    =)

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