Top 5 filmes de Quentin
Tarantino
Por Mônica Gonçalez
Quentin Tarantino, diretor
americano, lançou seu primeiro longa-metragem em 1987, mas foi nos anos 90 que
ele dirigiu o primeiro sucesso de sua carreira o filme Pulp Fiction. Conheci
seu trabalho como qualquer outro jovem de 20 e poucos anos, na minha adolescência
seus filmes de ação eram comentados por todos, cenas cheias de sangue,
elementos da cultura pop, músicas fantásticas e histórias envolventes, de tirar
o fôlego, tal como nunca foi visto antes, parecia até que ele estava filmando
para nós jovens.
Eu sei como isso é bom
Depois que iniciei meus estudos
em direção cinematográfica é que conheci mais sobre esse grande diretor.
Tarantino é cinéfilo, e usa de sua paixão por filmes como referência para seu
trabalho como diretor, uma única cena possui mais de uma referência, e a
sutileza na utilização de tantas referências juntas é que torna esse trabalho
tão bem desenvolvido. Em seus roteiros, além das longas cenas de conversas que
parecem triviais, mas são criadas para entendermos mais sobre os personagens,
Tarantino também gosta de enaltecer uma mulher como destaque, mesmo ela não
sendo a personagem principal.
Outro marco em seu trabalho é a escolha por
atores em decadência, transformando e impulsionando suas carreiras.
Antes de começarmos a lista, uma
curiosidade que descobri e gostaria de compartilhar com vocês é que Tarantino
não é alguém fácil de trabalhar na hora da edição do filme, pois para ele o
ideal seria colocar a cena inteira e sem cortes, para não perder nenhum
momento. Sally Menke (1953-2010) tinha um trabalho ainda mais árduo do que
apenas cortar o filme, ela precisava demonstrar para ele como a cena poderia
ficar mais dinâmica se a cortasse de uma maneira diferente e comparava com o
que ele gostaria de fazer, esse tipo de negociação ocorria por todo o filme,
mas é por esse trabalho tão exaustivo que temos os filmes como conhecemos hoje.
Oi Sally!
Django Livre
Django é um escravo que conseguiu
a sua liberdade e torna-se um mercenário sob a tutela de um caçador de recompensas.
Depois de auxiliá-lo em alguns trabalhos por dinheiro, os dois partem para
encontrar e libertar sua esposa das garras de um fazendeiro inescrupuloso.
Django Livre foi o primeiro filme
de Quentin Tarantino a não ser editado por Sally Menke, o editor Fred Raskin,
que foi assiste de Sally na edição do filme Kill Bill, conseguiu manter a
edição mais próxima possível do legado de Menke, passando despercebido por
alguns fãs que não se tratava mais de um trabalho da dupla Tarantino e Menke.
Para esse filme, Tarantino usa
como referência filmes de western, principalmente os filmes do diretor Sergio
Leone, para contar a história de vingança de Django. Conseguimos identificar
essas referências nos enquadramentos, na música, como no próprio roteiro. Mesmo
sendo um filme de uma época particular, o diretor não deixa de usar de
elementos da cultura pop, um bom exemplo é a música, em meio a tantas músicas
que parecem dos filmes de western, encontramos Freedom dos artistas Anthony
Hamilton e Elayna Boynton.
Bastardos Inglórios
Em meio a Segunda Guerra Mundial,
o tenente Aldo Raine, juntamente com seu pelotão de soldados de origem judaica,
tem com o objetivo lutar contra os nazistas, ao se unirem a atriz alemã e espiã
disfarçada Bridget Von Hammersmark, eles tentaram matar Hitler. Paralelamente,
Shosanna Dreyfuss assiste a execução de sua família pelas mãos do coronel Hans
Landa, ela foge para Paris e se disfarça como dona de um cinema local,
planejando um meio de se vingar.
Bastardos Inglórios foi o
primeiro filme de Tarantino a ser contado em uma época específica, iniciando a
escolha por roteiros tidos como históricos. O diretor demonstrou com esse filme
que consegue mesclar um ambiente de época com elementos que já fazem parte de
seu estilo de direção, como elementos exagerados de ação.
Com esse filmes, o mundo do
cinema se despede de Sally Menke. Tal como os demais filmes do Tarantino que
ela editou, podemos apreciar pela última vez o seu estilo, com uma edição
rápida, dinâmica e envolvente.
Kill Bill: Volume 1 e 2
A Noiva é uma perigosa assassina
profissional, no dia de seu casamento ela é espancada pelos membros do grupo de
extermínio do qual fazia parte. Bill, o chefe do grupo, atira nela, fazendo com
que ela entre em coma por quatro anos. Ao despertar, ela vai atrás de todos
para se vingar.
Kill Bill foi o segundo filme de
Tarantino que tem como personagem principal uma mulher, mas diferente do filme
anterior, todos se fascinaram pela história da Noiva. Nesse filme o diretor usa
de referências filmes japoneses, principalmente, os de samurai de Akira
Kurosawa. A cultura pop também fica a cargo dos elementos da cultura nipônica,
como os animes de ação.
O roteiro foi escrito para um
único filme, mas após a sua filmagem, percebeu-se na edição que o ideal seria
lançá-lo em duas partes para não cortar cenas que eram de extrema importância
para a história, criando assim Kill Bill volume 1 e volume 2.
Pulp Fiction: Tempo de
Violência
Cara, eu atirei no
rosto do Marvin.
O filme é composto por três
histórias de forma não cronológica. Na primeira história vemos a trajetória de
dois mafiosos, Vincent e Jules, que tem como missão fazer uma cobrança a mando
do chefe. Na segunda, Vincent precisa levar a mulher de seu chefe para se
divertir enquanto ele viaja. Por último, Butch foi pago por Marsellus para
perder uma luta, mas não cumpriu sua parte no acordo e precisa fugir do
mafioso.
Primeiro filme de destaque de
Tarantino, foi indicado ao Oscar de 1995 nas categorias Melhor Filme, Melhor
Diretor, Melhor Ator, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Atriz Coadjuvante e
Melhor Edição, mas levou o prémio apenas no quesito Melhor Roteiro Original.
Pulp Fiction é um filme muito
comentado até hoje entre os amantes de cinema ou filmes de ação, principalmente
por mostrar uma violência gráfica, mas também pelos seus diálogos densos e a
narrativa não-linear. Os grandes marcos do filme são suas cenas icônicas, como
a cena em que o John Travolta precisa usar uma seringa para reanimar Uma
Thurman, e seu roteiro bem desenvolvido que interliga três histórias diferentes
e distintas de forma profunda.
Cães de Aluguel
Um criminoso reune seis bandidos para
grande roubo de diamantes, nenhum deles se conhecem e para manter a identidade
oculta se chamam por cores. No percurso, algo sai errado, um deles é ferido
durante roubo e eles precisam descobrir quem foi que os traiu, o que gera
enorme tensão no grupo.
Cães de Aluguel foi o segundo
filme de Tarantino, realizado com um orçamento de 1,2 milhão de dólares, valor que podemos
definir como um filme de baixo orçamento, se tivermos em mente que Pulp Fiction
teve um orçamento de 8,5 milhões de dólares. Por conta desse custo, podemos
perceber que nesse filme não tantas locações internas, bem como não se tem
tantos atores.
Esse filme marca o início da carreira de
Tarantino, além dele conseguir definir bem a sua direção. Na cena inicial vemos
os personagens conversando sobre gorjeta e outras futilidades, diálogo que
define quem são os personagens que estão sentados ao redor da mesa. Também é
nesse filme que vemos como Tarantino gosta de usar música em seu filme, com a
cena em que toca a música Stuck In The Middle With You enquanto os personagens
realizam uma ação violenta.
Se você chegou até aqui e ficou com
vontade de assistir aos filmes do Tarantino, no Netflix você consegue assistir
aos filmes Pulp Fiction, Kill Bill Volume 1 e Os Oito Odiados.
**E esse foi o 1º texto, um TOP 5 dos filmes preferidos da Monica Gonzales, espero que tenham gostado, oficialmente ela vai começar a falar de grandes lançamentos. E o próximo será de "A Favorita" da 20th Century Fox do Brasil, o ganhador do Globo de Ouro 2019. E teremos mais da A2 Filmes e MARES Filmes ao longo do ano, são filmes mais estrangeiros, independentes e cults.
***AGUARDEM e fiquem de olho :D