terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Resenha Crítica: A FAVORITA


A FAVORITA

                                                                                                               Por Mônica Gonçalez

  A Favorita é o novo filme do diretor Yorgos Lanthimos, o longa ganhou um prêmio no Globo de Ouro pela atuação de Olivia Colman como a Rainha Ana, além de estar concorrendo com dez indicações no Oscar 2019, sendo um forte candidato ao prêmio de melhor filme.


   

  Não apenas Olivia Colman está incrível em seu papel, Rachel Weisz se destaca tanto quanto a vencedora do prêmio, elas conseguem manter uma atuação sutil e delicada, mesmo nos momentos de grande tensão ou de toques cômicos. Na contramão dessas belas atuações, Emma Stone destoa das duas atrizes com uma atuação extremamente exagerada, principalmente, nos momentos engraçados.
  O filme se passa na Inglaterra do século XVIII, período em que o país está enfrentando uma guerra com a França que já perdura algum tempo, porém os elementos históricos e políticos são apenas o pano de fundo do longa-metragem, deixando como aspectos principais as relações de amor e de poder entre as personagens.



    A Rainha Ana tem Sarah, a Duquesa de Marlborough, como sua confidente e conselheira diante de todos do reino, mas quando estão sozinhas, essa relação ultrapassa o profissional, sendo a Duquesa o objeto de amor da Rainha, quem deseja sua presença constantemente. Sarah demonstra grande afeto por Ana, mas coloca os ofícios do reino acima dos caprichos desta, deixando de atendê-la quando percebe que não é necessário ou ultrajando a Rainha por suas vontades.
Abigail, prima de Sarah, chega ao reino em busca de uma oportunidade de trabalho, sendo encaminhada para exercer atividades na cozinha. Percebendo uma chance para sair desse local de trabalho ultrajante, Abigail busca se aproximar da Rainha Ana, dando a atenção que ela não recebe de Sarah.
   A partir desse cenário, vemos Sarah e Abigail disputar a posição ao lado da Rainha Ana, mas a pergunta que surge de forma subliminar para os espectadores é “O que é o amor?”. Sarah tem com a Rainha Ana uma relação de anos, as duas sentem profundo amor mútuo, porém Sarah trata Ana como um objeto que pode ser descartado, a humilha, faz com que ela se senta mal, tudo para ser a superior na relação. Abigail nada sente pela Rainha, mas a usa como um trampolim para melhorar sua vida, mentindo quanto seus sentimentos e destruindo a imagem de Sarah, estabelecendo uma relação fantasiosa com a Rainha que não consegue perdurar muito tempo.


  Para acompanhar a história, temos uma esplêndida direção de arte que nos coloca no século XVIII, tanto o figurino quanto a ambientação se mostram impecáveis. A direção de fotografia, em sua maioria, opta por elementos mais clássica, mas peca nas escolhas de lentes muito abertas em espaços muito pequenos, sem deixar claro o motivo de sua escolha.
   A Favorita estreia nos cinemas nacionais no dia 24 de Janeiro e é uma ótima escolha para pessoas que buscam filmes densos ou apenas gostam de acompanhar as grandes premiações do cinema. Mas caso você esteja esperando um filme à la Jane Austen, talvez essa não seja a melhor escolha, pois o filme mesmo tendo sua delicadeza possui cenas muito explícitas e um final incômodo.

Resenha Crítica: Como Treinar o Seu Dragão 3


A AMIZADE DE UMA VIDA

                                   Por Érik Rodrigues

  Você pode achar que os dragões mais famosos do cinema e da tv  são os de Game of  Thrones, ou até mesmo o poderoso Smaug – de O Hobbit, mas certamente você se enganou. O Dragão que vem deixando a sua marca desde 2010 nas telonas (e nos corações do mundo todo) é o  Banguela, da franquia (bem sucedida) COMO TREINAR O SEU DRAGÃO (How to train your Dragon, no original).


  Acompanhamos a muitos anos a amizade que nasceu de forma inesperada entre Banguela, um Dragão raro com o humano Soluço, um viking que não se parece um viking por  ter uma aparência, digamos um tanto quanto frágil. Se no primeiro filme tínhamos o surgimento desta  amizade proibida e suas consequências, na segunda parte adentramos mais no universo pessoal de Soluço e vemos como a amizade entre humanos e dragões mudaram a rotina da ilha de Berk. Agora, depois de 9 anos chegamos a terceira e ultima parte desta aventura que vai emocionar quem acompanhou deste o inicio esta jornada cheia de amor, amizade e além de tudo, respeito.
  Neste ultimo capitulo, temos Soluço a frente da ilha de Berk, comandando no lugar deixado por seu pai, cuidando de seu povo e divido em cuidar dos dragões que existem pelo mundo, salvando das mãos de humanos que maltratam a espécie, mas o que Soluço não imagina é que existe um perigoso homem que irá cruzar seu caminho e dos moradores de Berk.



  O mais incrível de tudo na franquia é como os assuntos se conectam, formando  com maestria uma historia Viking de verdade, é impressionante como o diretor Dean DeBlois (de Lilo e Stitch) coloca realidade e clareza na historia que quer contar, que mesmo tendo algo ‘’imaginário’’ não deixa momento algum o que vemos em tela soar como irreal, fazendo com que COMO TREINAR O SEU DRAGÃO 3 seja uma das animações mais adultas e serias que já vi.



   Além do seu visual realista, mesclando imagens aéreas de tirar o folego temos a impressionante qualidade de texturas nos dragões que deixam hiper-realistas (eu nunca vi um dragão na vida, mas lhe garanto que o que vemos na tela é de fato bem real). Temos ainda momentos de água, movimento de ventos, nuvens,  paisagens verdes e fogo que beiram o absurdo do realismo, que em determinamos momentos nos faz questionar se aquilo realmente é uma animação.



   Como treinar o seu dragão 3 se tornou uma animação épica, pois tem como base tudo o que vimos nos outros dois filmes, respeitando a historia que já nos foi contada e mostrando que na vida é preciso amadurecer, nem que isso tenha sacrifícios sejam eles os mais dolorosos. Crescimento, esta é a palavra que define o filme, que de um lado temos o crescimento de Soluço em ver que nem tudo é como a gente sonha, o crescimento por parte de Banguela  que vê que a vida é muito mais do que voar e brincar pelos céus, e até mesmo o crescimento do povoado de Berk, que existe uma cena linda onde é citado ‘’O que faz de Berk ser Berk, não é o local, e sim o seu povoado’’.

  Com um visual mais escuro e bem menos colorido, a animação certamente não irá prender muito a atenção das crianças, pois contém um ritmo mais lento e emocional, o que fará as ‘’crianças adultas’’ se emocionarem bastante com cenas que jamais vão esquecer. Na verdade, o trabalho do diretor Dean DeBlois é praticamente um presente para os amantes da franquia  e que cresceram junto a Banguela e Soluço, pois mesmo com seu fim deixa ali uma marca, um ciclo que marcou, inspirou e fez com que a imaginação das pessoas pudessem voar (quem nunca quis ter um Banguela, né!?).



   Com todo o lado emocional da animação, o diretor ainda conseguiu inserir um questionamento serio e real, onde podemos aplicar no nosso mundo  (não com dragões, obvio) mas com animais em extinção que o ser humano caça incansavelmente. Será que nos humanos merecemos certas espécies de animais? Será que nós humanos somos capazes de cuidar, respeitar e proteger eles? Fica o questionamento deixado de forma brilhante através desta historia.

Resenha crítica: HOMEM-ARANHA NO ARANHAVERSO


O(s) VERDADEIRO(s) AMIGO(s) DA VIZINHANÇA

                                                                                                 Por Érik Rodrigues


  São Paulo, sábado dia 09 de dezembro de 2017, dentro da CCXP no auditório Cinemark no painel da Sony Pictures em torno das 17 horas, era ali neste momento que o mundo (alias, somente a CCXP com exclusividade) tomava conta do projeto de ‘’HOMEM ARANHA – NO ARANHAVERSO’’ aos berros enlouquecidos de mais de 3.000 pessoas (inclusive de quem vos escreve neste momento). Sobe ao palco os roteirista  Phil Lord e Christopher Miller, responsáveis por  “Uma aventura Lego” (2014) que apresentaram a ideia da nova aposta da Sony.



  Lembro-me do ocorrido contado acima como se fosse hoje, ali naquele momento nascia a ideia da que eu sempre imaginei: ver um filme de herói no estilo de uma ‘’HQ viva’’, e hoje, depois de ver o filme eu vejo o quão gigante e importante ele é, ultrapassando com maestria o que eu imaginava que seria.  Contando a historia do jovem negro Miles Morales que vive a sua vida ao lado dos pais no Blooklyn mas depois de um ‘’certo acidente’’ envolvendo uma aranha, se vê da noite pro dia com superpoderes e vai ver que ele não é o único amigo da vizinhança que existe.

  Admito que sempre soou um pouco ousado a trama em trazer mais de um Spider pra tela, mas graças ao roteiro impecável e inteligente, acompanhar a animação em quase 2 horas de duração passa e você nem percebe (e quando acaba pede por mais). Digo isto pois além do roteiro bem escrito ele é cheio de referencias e possui um visual que jamais irei esquecer, permitindo a animação passear pela perfeição e mesclando estilo clássico, te deixando na duvida se o que esta vendo é algo mesmo feito por alguém deste mundo (serio, é surreal o design da animação).

 


  Falar sobre ‘’Homem-Aranha no Aranhaverso’’ é complicado, pois qualquer coisa que se fale da historia pode vir a revelar um spoiler, seja ele pequeno ou não, relevante ou não, mas que sendo visto sem saber nada é algo prazeroso, é como se você estivesse acabado de tirar um gibi/HQ do plástico e sentir aquele cheiro inesquecível de aventura que esta ali dentro e ficar louco para consumir e saber o que iria acontecer naquelas páginas a seguir. 
  Ao longo desta aventura, nos são apresentados vários outros ‘’spiders’’ de universos diferentes (um deles na versão original dublado por ninguém menos que Nicolas Cage) graças a um plano pessoal do Rei  do Crime (o qual possui uma historia rápida mas bem desenvolvida). Os responsáveis pelo projeto tiveram o cuidado em apresentar cada ‘’miranha’’ na animação de forma verdadeira e rápida para que já entrassem de cabeça na historia onde ficamos sabendo o necessário e o essencial de cada um, onde até mesmo podemos contar com um PORCO ARANHA pra lá de divertido (e sim, realmente existe esta versão nas HQ’s, onde apareceu pela primeira vez no  ‘’Marvel Tails Starring Peter Porker, the Spectacular Spider-Ham #1’’).



  Mesmo com tantos Spiders em tela quem rouba a cena é de fato Miles Morales com seu arco dramático desenvolvido e cheio de conflitos pessoais, dilemas e suas superações, criando uma conexão direta com o publico mais ‘’grandinho’’, pois nós sabemos que a vida nem sempre é fácil, e a animação faz questão de mostrar isso de maneiras bruscas mescladas com bom humor (as crianças certamente vão rir das cenas, mas os adultos/jovens vão dar um riso pensando: é, isso é real).

  Detalhe importante é a trilha sonora, que durante toda a animação é bem mesclada com ritmos de hip hop que casam perfeitamente com o que estamos vendo em tela (você sairá da sessão pesquisando algumas para baixar ou ouvir no spotify). 


  
  ‘’Homem-Aranha no Aranhaverso’’ é uma animação que vai marcar o cinema para sempre por conter um estilo inovador de se contar uma historia de personagens que saíram de uma HQ, onde hoje, em 2019 é facilmente considerada um dos melhores filmes do Universo Marvel na tela grande, onde a  trama faz questão de jogar a ideia ao espectador que neste mundo mais de um pode usar a máscara, basta você querer e merecer, e entender verdadeiramente que grandes poderes vem com grandes responsabilidades

OBS 01: Stan Lee tem na animação umas das participações mais lindas da historia da Marvel.

OBS 02: Existe uma cena pós-créditos (bem no final) que vai fazer muito fã do spider dar risada.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

CONHEÇAM A CAMILA BERNARDI: NOVA REDATORA


TEXTO APRESENTAÇÃO DA REDATORA CAMILA BERNARDI

                              
                                  Por Camila Bernardi


  Olá! Sou a Camila, tenho 32 anos, sou psicóloga, mas fica tranquilo não vou ler a sua mente. Também sou gateira assumida, viciada em livros, séries e filmes, amo pegar a estrada, principalmente se ela for acabar na praia. Conheci o Guilherme (Guizitcho) em 2015 na Francal, e logo me identifiquei. Fiquei muito feliz por ele ter me chamado para fazer parte da equipe.




  Gosto muito de filmes de terror, suspense e fantasia. Meu diretor favorito é o James Wan, ele dirigiu o filme Jogos Mortais (Saw), mas o que eu mais AMO dele sem sombra de dúvidas, são os filmes da série Insidious. Já viu? Não? Então corre ver e volta aqui pra gente bater um papo sobre eles.  

 Atualmente estou revisitando o universo de Harry Potter <3, devorando os livros. Tenho uma lista bem volumosa de livros para 2019. Eu definitivamente sou louca por esse universo de fantasia, amo os livros do Tolkien, R.R Martin e CS Lewis.

Como uma gateira digna, tenho um instagram apenas para meus gatos @thonyandjeannie, Anthony Nelson de 9 anos, e Jeannie de 11 anos. Perceberam algo nos nomes deles? Como assim não? Foram nomeados em homenagem a série Jeannie é um gênio. Um clássico amado meu. E adoro fazer viagens pelo Brasil, vou em excursões turísticas.



  E uma ultima curiosidade sobre mim, eu faço artesanato. Rsrs
Se quiser me seguir tá aqui ó Instagram: @milawithcats e meu Facebook é https://www.facebook.com/camila.bernardi.182 .

** Em breve, teremos texto da Camila por aqui sobre séries, filmes, sobre projetos sociais de gatos e cachorros, muita coisa legal e diferente... Fiquem de olho!!!

Resenha crítica: MÁQUINAS MORTAIS


NEM TUDO QUE RELUZ É OURO

                                                                                                          Por Érik Rodrigues


 Depois de comandar duas grandes franquias cinematográficas (Senhor dos Anéis e O Hobbit) e construir um universo que só ele consegue fazer, Peter Jackson se aventura agora como produtor de MAQUINAS MORTAIS (informação que mais chama atenção na divulgação do filme) e pode-se dizer que sim, haveria aqui uma grande chance de tudo dar certo e ser uma nova franquia épica e rentável de Hollywood, isso se o roteiro não fosse tão raso e até diga-se um pouco sem criatividade.


 A história aqui é o mundo pós-apocalíptico, anos depois da conhecida ‘’Guerra dos Sessenta Minutos’’ que destruiu a Terra, dividindo cidades e para sobreviver estas cidades se movem como ‘’carros gigantes’’ (conhecidas como Cidades Tração) que estão sempre em busca de cidades menores para consumir umas às outras para sobreviver com recursos naturais de cada uma. Ok ok, é estranho mas esta é uma parte da trama. Fora ainda uma vingança da foragida Hester Shaw (Hera Hilmar) contra o Thaddeus Valentine (Hugo Weaving) que envolve um acontecimento de seu passado que serve como ‘’motor’’ para fazer a historia ‘’girar’’.


 Pode-se dizer que a relação de vingança da trama é abatida e já vimos no cinema diversas vezes, mesmo assim aqui ainda acaba sendo até determinado momento interessante, pois o visual do filme compensa (e muito). Com uma pegada steampunk mesclada estilo a lá ‘’Mad Max – Estrada da Fúria’’ somos apresentados sequencias bem intensas e cheias de adrenalina, mas nada que passe um degrau a mais no quesito criatividade.


 Talvez o equivoco aqui seja a questão de tudo querer ser ‘’epicamente épico’’, o que causa um estranhamento em momentos desnecessários, onde poderia ser algo mais simples contado de forma mais tranquila e apresentando ao publico os porquês de terem chegado de fato naquele estagio (admito que fiquei com vontade de saber mais sobre a tal ‘’Guerra dos Sessenta Minutos’’). Com um inicio brilhante que prende a atenção é uma pena que a historia se perca a partir do meio tomando rumos mirabolantes, mas que todo mundo já sabe o que vai acontecer no final.


  De fato, é um entretenimento cheio de efeitos visuais surreais (ver cidades sobre rodas e praticamente ‘’comendo’’ outras é algo da qual jamais imaginei) mas que tinha potencial para ser mais do que isso, é o famoso tipo de filme blockbuster que está mais interessado em explosões e mecanismos, do que na sua própria historia. 

**Esse foi mais um texto do Érik, gostaram dele? Enfim, ele ainda terá mais resenhas pela frente: "Homem-Aranha no Aranhaverso" o animação que levou o Globo de Ouro de Melhor Animação, "Como Treinar o Seu Dragão 3" e "Vidro", fiquem de olho!!!

Resenha Crítica de WIFI-RALPH


  CONECTANDO A NOSTALGIA COM A MODERNIDADE   
           
                                                                                         Por Érik Rodrigues


 Em meados de 2012, a Walt Disney apresentou ao mundo seu mais novo universo, apostando muito na nostalgia dos adultos crescidos que passaram horas e horas na frente da tv, ou em um fliperama lotado de games. Junte a magia dos games + Disney que o resultado será DETONA RALPH, um vilão grandalhão que destrói tudo ao seu redor, mas que tem um bom coração e tenta conciliar sua personalidade com as regras do seu jogo.

 Passados 6 anos, a Disney nos apresenta agora WIFI RALPH – QUEBRANDO A INTERNET (Ralph Breaks the Internet – no original) e como já se percebe no titulo, a atenção agora não é mais os games antigos, e sim o vasto e infinito mundo da Internet, que afinal de contas é um assunto que a garotada atualmente esta conectada. O filme inicia já praticamente onde acabou o anterior, mostrando o dia a dia da amizade entre Ralph e Vanellope von Schweetz, passeando e curtindo os games do antigo fliperama, tudo perfeito até o determinado momento em que um desastre ocorre no jogo de Vanellope e os dois amigos vão encarar a internet para tentar impedir que o jogo seja desligado para sempre.


 Interessante notar o cuidado que os diretores (Rich Moore e Phil Johnston – de Zootopia) tiveram em transportar os personagens principais para dentro da internet, mostrando quase de maneira didática como funciona o mecanismo para você acessar este universo  (como por exemplo você esta acessando este blog agora) e que mesmo em meio a tanta informação que o mundo da internet apresenta (veja na maior tela possível, para pegar todos os detalhes) a animação não perde seu foco principal que é nos apresentar que nem toda amizade deve ser única e exclusiva.

 Partindo da parte cômica, a animação acerta em cheio em vários diálogos ‘’abrasileirados’’ tornando  a historia mais próxima a nós (algo que a Disney Brasil sabe fazer muito bem, sempre!)  e ainda conta com um time de dubladores que dão a voz e alma para cada um. Tiago Abravanel brilha com seu Ralph, passando de fato o que o personagem esta sentindo e MariMoon continua emprestando  sua alegre e estridente voz que a personagem Vanellope pede, na medida certa.


 Com uma historia redonda, com inicio, meio e fim bem desenvolvido, a animação ainda tem tempo para brincar com o telespectador jogando em tela vários ícones do seu próprio universo (Disney, Pixar, Marvel e Star Wars e até uma rápida aparição de Stan Lee) e mostrando de vez a importância do poder feminino (quem achou que as princesas Disney seriam só rostinhos bonitos, se enganou).

 Com pequenos erros no enredo (como quase esquecer o personagem Concerta Felix Jr e os jogos do fliperama), a trama consegue passar a importância da amizade e suas limitações, onde mesmo em uma amizade verdadeira, cada um tem seu espaço e é essencial o respeito de ambas as partes.

 OBS: existem DUAS cenas pós-créditos em que a Disney tira onda com o telespectador, onde é impossível não morrer de rir.



**Esse é o primeiro texto do Érik Rodrigues Pinheiro, outro novo redator do O Sonho do Cinema, o próximo dele é a resenha de "MÁQUINAS MORTAIS" e também vai sair o texto sobre ele, os Hobbies e profissão e tudo mais. Espero que gostem, ele também vai trazer muitas novidades e fiquem de olho... AGUARDEM!!!

TIROS, BOMBAS & SANGUE


Top 5 filmes de Quentin Tarantino


Por Mônica Gonçalez
  
Quentin Tarantino, diretor americano, lançou seu primeiro longa-metragem em 1987, mas foi nos anos 90 que ele dirigiu o primeiro sucesso de sua carreira o filme Pulp Fiction. Conheci seu trabalho como qualquer outro jovem de 20 e poucos anos, na minha adolescência seus filmes de ação eram comentados por todos, cenas cheias de sangue, elementos da cultura pop, músicas fantásticas e histórias envolventes, de tirar o fôlego, tal como nunca foi visto antes, parecia até que ele estava filmando para nós jovens.



Eu sei como isso é bom

 Depois que iniciei meus estudos em direção cinematográfica é que conheci mais sobre esse grande diretor. Tarantino é cinéfilo, e usa de sua paixão por filmes como referência para seu trabalho como diretor, uma única cena possui mais de uma referência, e a sutileza na utilização de tantas referências juntas é que torna esse trabalho tão bem desenvolvido. Em seus roteiros, além das longas cenas de conversas que parecem triviais, mas são criadas para entendermos mais sobre os personagens, Tarantino também gosta de enaltecer uma mulher como destaque, mesmo ela não sendo a personagem principal.
 Outro marco em seu trabalho é a escolha por atores em decadência, transformando e impulsionando suas carreiras.



 Antes de começarmos a lista, uma curiosidade que descobri e gostaria de compartilhar com vocês é que Tarantino não é alguém fácil de trabalhar na hora da edição do filme, pois para ele o ideal seria colocar a cena inteira e sem cortes, para não perder nenhum momento. Sally Menke (1953-2010) tinha um trabalho ainda mais árduo do que apenas cortar o filme, ela precisava demonstrar para ele como a cena poderia ficar mais dinâmica se a cortasse de uma maneira diferente e comparava com o que ele gostaria de fazer, esse tipo de negociação ocorria por todo o filme, mas é por esse trabalho tão exaustivo que temos os filmes como conhecemos hoje.


Oi Sally!

Django Livre



 Django é um escravo que conseguiu a sua liberdade e torna-se um mercenário sob a tutela de um caçador de recompensas. Depois de auxiliá-lo em alguns trabalhos por dinheiro, os dois partem para encontrar e libertar sua esposa das garras de um fazendeiro inescrupuloso.
 Django Livre foi o primeiro filme de Quentin Tarantino a não ser editado por Sally Menke, o editor Fred Raskin, que foi assiste de Sally na edição do filme Kill Bill, conseguiu manter a edição mais próxima possível do legado de Menke, passando despercebido por alguns fãs que não se tratava mais de um trabalho da dupla Tarantino e Menke.
 Para esse filme, Tarantino usa como referência filmes de western, principalmente os filmes do diretor Sergio Leone, para contar a história de vingança de Django. Conseguimos identificar essas referências nos enquadramentos, na música, como no próprio roteiro. Mesmo sendo um filme de uma época particular, o diretor não deixa de usar de elementos da cultura pop, um bom exemplo é a música, em meio a tantas músicas que parecem dos filmes de western, encontramos   Freedom dos artistas Anthony Hamilton e Elayna Boynton.

Bastardos Inglórios



 Em meio a Segunda Guerra Mundial, o tenente Aldo Raine, juntamente com seu pelotão de soldados de origem judaica, tem com o objetivo lutar contra os nazistas, ao se unirem a atriz alemã e espiã disfarçada Bridget Von Hammersmark, eles tentaram matar Hitler. Paralelamente, Shosanna Dreyfuss assiste a execução de sua família pelas mãos do coronel Hans Landa, ela foge para Paris e se disfarça como dona de um cinema local, planejando um meio de se vingar.
 Bastardos Inglórios foi o primeiro filme de Tarantino a ser contado em uma época específica, iniciando a escolha por roteiros tidos como históricos. O diretor demonstrou com esse filme que consegue mesclar um ambiente de época com elementos que já fazem parte de seu estilo de direção, como elementos exagerados de ação.
 Com esse filmes, o mundo do cinema se despede de Sally Menke. Tal como os demais filmes do Tarantino que ela editou, podemos apreciar pela última vez o seu estilo, com uma edição rápida, dinâmica e envolvente.

Kill Bill: Volume 1 e 2



 A Noiva é uma perigosa assassina profissional, no dia de seu casamento ela é espancada pelos membros do grupo de extermínio do qual fazia parte. Bill, o chefe do grupo, atira nela, fazendo com que ela entre em coma por quatro anos. Ao despertar, ela vai atrás de todos para se vingar.
 Kill Bill foi o segundo filme de Tarantino que tem como personagem principal uma mulher, mas diferente do filme anterior, todos se fascinaram pela história da Noiva. Nesse filme o diretor usa de referências filmes japoneses, principalmente, os de samurai de Akira Kurosawa. A cultura pop também fica a cargo dos elementos da cultura nipônica, como os animes de ação.
 O roteiro foi escrito para um único filme, mas após a sua filmagem, percebeu-se na edição que o ideal seria lançá-lo em duas partes para não cortar cenas que eram de extrema importância para a história, criando assim Kill Bill volume 1 e volume 2.

Pulp Fiction: Tempo de Violência


Cara, eu atirei no rosto do Marvin.

 O filme é composto por três histórias de forma não cronológica. Na primeira história vemos a trajetória de dois mafiosos, Vincent e Jules, que tem como missão fazer uma cobrança a mando do chefe. Na segunda, Vincent precisa levar a mulher de seu chefe para se divertir enquanto ele viaja. Por último, Butch foi pago por Marsellus para perder uma luta, mas não cumpriu sua parte no acordo e precisa fugir do mafioso.
 Primeiro filme de destaque de Tarantino, foi indicado ao Oscar de 1995 nas categorias Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Edição, mas levou o prémio apenas no quesito Melhor Roteiro Original.
 Pulp Fiction é um filme muito comentado até hoje entre os amantes de cinema ou filmes de ação, principalmente por mostrar uma violência gráfica, mas também pelos seus diálogos densos e a narrativa não-linear. Os grandes marcos do filme são suas cenas icônicas, como a cena em que o John Travolta precisa usar uma seringa para reanimar Uma Thurman, e seu roteiro bem desenvolvido que interliga três histórias diferentes e distintas de forma profunda.

Cães de Aluguel



 Um criminoso reune seis bandidos para grande roubo de diamantes, nenhum deles se conhecem e para manter a identidade oculta se chamam por cores. No percurso, algo sai errado, um deles é ferido durante roubo e eles precisam descobrir quem foi que os traiu, o que gera enorme tensão no grupo.
 Cães de Aluguel foi o segundo filme de Tarantino, realizado com um orçamento de 1,2 milhão de dólares, valor que podemos definir como um filme de baixo orçamento, se tivermos em mente que Pulp Fiction teve um orçamento de 8,5 milhões de dólares. Por conta desse custo, podemos perceber que nesse filme não tantas locações internas, bem como não se tem tantos atores.
 Esse filme marca o início da carreira de Tarantino, além dele conseguir definir bem a sua direção. Na cena inicial vemos os personagens conversando sobre gorjeta e outras futilidades, diálogo que define quem são os personagens que estão sentados ao redor da mesa. Também é nesse filme que vemos como Tarantino gosta de usar música em seu filme, com a cena em que toca a música Stuck In The Middle With You enquanto os personagens realizam uma ação violenta.

 Se você chegou até aqui e ficou com vontade de assistir aos filmes do Tarantino, no Netflix você consegue assistir aos filmes Pulp Fiction, Kill Bill Volume 1 e Os Oito Odiados.



**E esse foi o 1º texto, um TOP 5 dos filmes preferidos da Monica Gonzales, espero que tenham gostado, oficialmente ela vai começar a falar de grandes lançamentos. E o próximo será de "A Favorita" da 20th Century Fox do Brasil, o ganhador do Globo de Ouro 2019. E teremos mais da A2 Filmes e MARES Filmes ao longo do ano, são filmes mais estrangeiros, independentes e cults.

***AGUARDEM e fiquem de olho :D