quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Resenha crítica: MÁQUINAS MORTAIS


NEM TUDO QUE RELUZ É OURO

                                                                                                          Por Érik Rodrigues


 Depois de comandar duas grandes franquias cinematográficas (Senhor dos Anéis e O Hobbit) e construir um universo que só ele consegue fazer, Peter Jackson se aventura agora como produtor de MAQUINAS MORTAIS (informação que mais chama atenção na divulgação do filme) e pode-se dizer que sim, haveria aqui uma grande chance de tudo dar certo e ser uma nova franquia épica e rentável de Hollywood, isso se o roteiro não fosse tão raso e até diga-se um pouco sem criatividade.


 A história aqui é o mundo pós-apocalíptico, anos depois da conhecida ‘’Guerra dos Sessenta Minutos’’ que destruiu a Terra, dividindo cidades e para sobreviver estas cidades se movem como ‘’carros gigantes’’ (conhecidas como Cidades Tração) que estão sempre em busca de cidades menores para consumir umas às outras para sobreviver com recursos naturais de cada uma. Ok ok, é estranho mas esta é uma parte da trama. Fora ainda uma vingança da foragida Hester Shaw (Hera Hilmar) contra o Thaddeus Valentine (Hugo Weaving) que envolve um acontecimento de seu passado que serve como ‘’motor’’ para fazer a historia ‘’girar’’.


 Pode-se dizer que a relação de vingança da trama é abatida e já vimos no cinema diversas vezes, mesmo assim aqui ainda acaba sendo até determinado momento interessante, pois o visual do filme compensa (e muito). Com uma pegada steampunk mesclada estilo a lá ‘’Mad Max – Estrada da Fúria’’ somos apresentados sequencias bem intensas e cheias de adrenalina, mas nada que passe um degrau a mais no quesito criatividade.


 Talvez o equivoco aqui seja a questão de tudo querer ser ‘’epicamente épico’’, o que causa um estranhamento em momentos desnecessários, onde poderia ser algo mais simples contado de forma mais tranquila e apresentando ao publico os porquês de terem chegado de fato naquele estagio (admito que fiquei com vontade de saber mais sobre a tal ‘’Guerra dos Sessenta Minutos’’). Com um inicio brilhante que prende a atenção é uma pena que a historia se perca a partir do meio tomando rumos mirabolantes, mas que todo mundo já sabe o que vai acontecer no final.


  De fato, é um entretenimento cheio de efeitos visuais surreais (ver cidades sobre rodas e praticamente ‘’comendo’’ outras é algo da qual jamais imaginei) mas que tinha potencial para ser mais do que isso, é o famoso tipo de filme blockbuster que está mais interessado em explosões e mecanismos, do que na sua própria historia. 

**Esse foi mais um texto do Érik, gostaram dele? Enfim, ele ainda terá mais resenhas pela frente: "Homem-Aranha no Aranhaverso" o animação que levou o Globo de Ouro de Melhor Animação, "Como Treinar o Seu Dragão 3" e "Vidro", fiquem de olho!!!

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