terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Resenha Crítica: Como Treinar o Seu Dragão 3


A AMIZADE DE UMA VIDA

                                   Por Érik Rodrigues

  Você pode achar que os dragões mais famosos do cinema e da tv  são os de Game of  Thrones, ou até mesmo o poderoso Smaug – de O Hobbit, mas certamente você se enganou. O Dragão que vem deixando a sua marca desde 2010 nas telonas (e nos corações do mundo todo) é o  Banguela, da franquia (bem sucedida) COMO TREINAR O SEU DRAGÃO (How to train your Dragon, no original).


  Acompanhamos a muitos anos a amizade que nasceu de forma inesperada entre Banguela, um Dragão raro com o humano Soluço, um viking que não se parece um viking por  ter uma aparência, digamos um tanto quanto frágil. Se no primeiro filme tínhamos o surgimento desta  amizade proibida e suas consequências, na segunda parte adentramos mais no universo pessoal de Soluço e vemos como a amizade entre humanos e dragões mudaram a rotina da ilha de Berk. Agora, depois de 9 anos chegamos a terceira e ultima parte desta aventura que vai emocionar quem acompanhou deste o inicio esta jornada cheia de amor, amizade e além de tudo, respeito.
  Neste ultimo capitulo, temos Soluço a frente da ilha de Berk, comandando no lugar deixado por seu pai, cuidando de seu povo e divido em cuidar dos dragões que existem pelo mundo, salvando das mãos de humanos que maltratam a espécie, mas o que Soluço não imagina é que existe um perigoso homem que irá cruzar seu caminho e dos moradores de Berk.



  O mais incrível de tudo na franquia é como os assuntos se conectam, formando  com maestria uma historia Viking de verdade, é impressionante como o diretor Dean DeBlois (de Lilo e Stitch) coloca realidade e clareza na historia que quer contar, que mesmo tendo algo ‘’imaginário’’ não deixa momento algum o que vemos em tela soar como irreal, fazendo com que COMO TREINAR O SEU DRAGÃO 3 seja uma das animações mais adultas e serias que já vi.



   Além do seu visual realista, mesclando imagens aéreas de tirar o folego temos a impressionante qualidade de texturas nos dragões que deixam hiper-realistas (eu nunca vi um dragão na vida, mas lhe garanto que o que vemos na tela é de fato bem real). Temos ainda momentos de água, movimento de ventos, nuvens,  paisagens verdes e fogo que beiram o absurdo do realismo, que em determinamos momentos nos faz questionar se aquilo realmente é uma animação.



   Como treinar o seu dragão 3 se tornou uma animação épica, pois tem como base tudo o que vimos nos outros dois filmes, respeitando a historia que já nos foi contada e mostrando que na vida é preciso amadurecer, nem que isso tenha sacrifícios sejam eles os mais dolorosos. Crescimento, esta é a palavra que define o filme, que de um lado temos o crescimento de Soluço em ver que nem tudo é como a gente sonha, o crescimento por parte de Banguela  que vê que a vida é muito mais do que voar e brincar pelos céus, e até mesmo o crescimento do povoado de Berk, que existe uma cena linda onde é citado ‘’O que faz de Berk ser Berk, não é o local, e sim o seu povoado’’.

  Com um visual mais escuro e bem menos colorido, a animação certamente não irá prender muito a atenção das crianças, pois contém um ritmo mais lento e emocional, o que fará as ‘’crianças adultas’’ se emocionarem bastante com cenas que jamais vão esquecer. Na verdade, o trabalho do diretor Dean DeBlois é praticamente um presente para os amantes da franquia  e que cresceram junto a Banguela e Soluço, pois mesmo com seu fim deixa ali uma marca, um ciclo que marcou, inspirou e fez com que a imaginação das pessoas pudessem voar (quem nunca quis ter um Banguela, né!?).



   Com todo o lado emocional da animação, o diretor ainda conseguiu inserir um questionamento serio e real, onde podemos aplicar no nosso mundo  (não com dragões, obvio) mas com animais em extinção que o ser humano caça incansavelmente. Será que nos humanos merecemos certas espécies de animais? Será que nós humanos somos capazes de cuidar, respeitar e proteger eles? Fica o questionamento deixado de forma brilhante através desta historia.

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