CONECTANDO A NOSTALGIA COM A
MODERNIDADE
Por Érik Rodrigues
Em meados de
2012, a Walt Disney apresentou ao mundo seu mais novo universo, apostando muito
na nostalgia dos adultos crescidos que passaram horas e horas na frente da tv,
ou em um fliperama lotado de games. Junte a magia dos games + Disney que o
resultado será DETONA RALPH, um vilão grandalhão que destrói tudo ao seu redor,
mas que tem um bom coração e tenta conciliar sua personalidade com as regras do
seu jogo.
Passados 6
anos, a Disney nos apresenta agora WIFI RALPH – QUEBRANDO A INTERNET (Ralph
Breaks the Internet – no original) e como já se percebe no titulo, a atenção
agora não é mais os games antigos, e sim o vasto e infinito mundo da Internet,
que afinal de contas é um assunto que a garotada atualmente esta conectada. O
filme inicia já praticamente onde acabou o anterior, mostrando o dia a dia da
amizade entre Ralph e Vanellope von Schweetz, passeando e curtindo os games do
antigo fliperama, tudo perfeito até o determinado momento em que um desastre
ocorre no jogo de Vanellope e os dois amigos vão encarar a internet para tentar
impedir que o jogo seja desligado para sempre.
Interessante
notar o cuidado que os diretores (Rich Moore e Phil Johnston – de Zootopia) tiveram
em transportar os personagens principais para dentro da internet, mostrando
quase de maneira didática como funciona o mecanismo para você acessar este
universo (como por exemplo você esta
acessando este blog agora) e que mesmo em meio a tanta informação que o mundo
da internet apresenta (veja na maior tela possível, para pegar todos os
detalhes) a animação não perde seu foco principal que é nos apresentar que nem
toda amizade deve ser única e exclusiva.
Partindo da
parte cômica, a animação acerta em cheio em vários diálogos ‘’abrasileirados’’
tornando a historia mais próxima a nós
(algo que a Disney Brasil sabe fazer muito bem, sempre!) e ainda conta com um time de dubladores que
dão a voz e alma para cada um. Tiago Abravanel brilha com seu Ralph, passando
de fato o que o personagem esta sentindo e MariMoon continua emprestando sua alegre e estridente voz que a personagem
Vanellope pede, na medida certa.
Com uma
historia redonda, com inicio, meio e fim bem desenvolvido, a animação ainda tem
tempo para brincar com o telespectador jogando em tela vários ícones do seu
próprio universo (Disney, Pixar, Marvel e Star Wars e até uma rápida aparição
de Stan Lee) e mostrando de vez a importância do poder feminino (quem achou que
as princesas Disney seriam só rostinhos bonitos, se enganou).
Com pequenos
erros no enredo (como quase esquecer o personagem Concerta Felix Jr e os jogos
do fliperama), a trama consegue passar a importância da amizade e suas
limitações, onde mesmo em uma amizade verdadeira, cada um tem seu espaço e é
essencial o respeito de ambas as partes.
OBS: existem
DUAS cenas pós-créditos em que a Disney tira onda com o telespectador, onde é
impossível não morrer de rir.
**Esse é o primeiro texto do Érik Rodrigues Pinheiro, outro novo redator do O Sonho do Cinema, o próximo dele é a resenha de "MÁQUINAS MORTAIS" e também vai sair o texto sobre ele, os Hobbies e profissão e tudo mais. Espero que gostem, ele também vai trazer muitas novidades e fiquem de olho... AGUARDEM!!!
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