quinta-feira, 30 de maio de 2013

ESPECIAL CRÔNICA DO FILME "FAROESTE CABOCLO"


ESTÓRIAS RETRÔS NO CINEMA NACIONAL

                                                                                          Por Guilherme de M. Corrêa

     Releitura da música clássica de Renato Russo, não é que virou mesmo uma adaptação para o cinemas do nosso Brasil, justamente hoje num grande feriadão, para quem quiser aproveitar?     Estórias nos versos da música "Faroeste Caboclo" é a grande inspiração no primeiro filme de René Sampaio.
     Depois de tanto tempo Renato Russo foi tirado do baú das antiguidades para ser relembrado e adorado por novos jovens dessa época, começando por "Somos Tão Jovens", o que posso admitir não assisti ao filme, estou com interesse ainda, o problema é a falta de tempo. Já "Faroeste Caboclo" despertou um interesse maior, pela forma que ele foi divulgado.
    Conquistou o meu coração o fato de o elenco de atores e atrizes muito bons, conquistou o romance entre João de Santo Cristo, Maria Lúcia e Jeremias, o legal é o fato de eu não conhecer muito bem as músicas, a banda Legião Urbana e nem muito menos o Renato Russo. Para minha grande surpresa eu com certeza, no meio de tanta gente que já sabia o final do filme. Fiquei abismado com o final, essa é a grande novidade, passei a gostar de Legião, do Renato e de "Faroeste Caboclo" à partir desse filme.
      Rock, Brasília, Maconha, Corrupção, Lutas e Violência é um conjunto que combina muito com a época de "Faroeste Caboclo", até mesmo de Renato, onde tudo começou, o fato é que nós brasileiros estamos ainda dormindo e engolindo muitas histórias contadas pelos vencedores que não são muito de lá heróis e sim, um bando de filho da puta, repito filho da puta.
    Não sou daqueles que tem medo de bandido, de polícia, de playboyzinhos, que acham que podem tudo na vida, também não sou daqueles que engole fácil uma versão de uma história contada nos jornais, revistas, sites sobre os fatos que estão acontecendo hoje em dia, por isso sou um futuro jornalista que vai direto para os espaços de cultura, entretenimento, literatura, cinema é o meu grande foco, afinal por que? 
     Estou de saco cheio da monotonia do cotidiano, da violência, do governo, das leis, dos direitos, dos deveres, da economia, do trânsito, das enchentes, das catástrofes do mundo, estou cansado dos clichês, tudo é novo, é importante? É mais não significa que vou ignorar, é o problema da falta de ética da sociedade, a mídia fica martelando, querendo procurar mais informação sobre aquele fato que já deu, já encheu a cabeça da população mundial.
     Prefiro sair desse ciclo vicioso, chato, o cinema para mim é capaz de me levar para um mundo melhor, cheio de perspectivas, estéticas, versões diferentes de uma mesma história e o mais incrível é que o cinema é capaz de te trazer a possibilidade de acreditar no que você quiser, te dá a carta branca e com certeza isso é uma delícia, para quem entende do assunto.
     René Sampaio é um estreante no cinema nacional e acredito que a estética cinematográfica dele já esta definida é seguir o ritmo da trilha-sonora do título-filme, o ritmo lento trabalhado no som dos instrumentos e do tom de voz de Renato, nesse caso e mudança conforme o tempo, vai ganhando movimento mais acelerado do rock nacional durante as passagens do visual do filme.
   João de Santo Cristo (Fabrício Boliveira) é impressionante o destaque como personagem principal, no amor, na luta pelo seu lugar no mundo, na vingança contra a nacionalidade racista, em principal, contra Jeremias (Felipe Abib) que também interpretou o grande vilão da história e o fato de estar na vantagem, é o garoto branco, que organiza festas de Rockconha para a alta sociedade de playboys iguais à ele e a incrível mulher no meio desses dois rivais, Maria Lúcia (Ísis Valverde), a misteriosa, que tem várias versões numa mesma personagem conforme a passagem da música e do filme também.
     Você conhece a história musical, agora você precisa conhecer a história visual da música, sinta, experimente, relembre os fatos da nossa história com outros olhos, está na hora do nosso verdadeiro espírito brasileiro acordar e conhecer o lado do povo que lutou por reconhecimento, que lutou por um lugar ao mundo e foram esquecidos, é como se diz os historiadores, "As histórias brasileiras são escritas por heróis que tiveram uma estátua, um reconhecimento e onde fica aqueles que estão nos versos, os esquecidos?"
   "Faroeste Caboclo" é o exemplo desses heróis esquecidos, tudo bem que faz parte de um imaginário de Renato Russo, mas quem sabe, através dessa música-estória ele não estava tentando abrir os olhos da sociedade, só que a hipocrisia da sociedade é fazer julgamentos por esteriótipos, como é mesmo que costumam dizer sobre o rock? "Ahhh...Rock é coisa da rebeldia, do demônio, de indivíduos drogados, é desnecessário, ignorem!", melhor eu não comentar nada sobre isso, mas posso dizer, discordo em cada palavra sobre isso.
    Gostaria que o telespectador prestasse bastante atenção nos sentimentos dos personagens, da música sonora e visual ao mesmo tempo, existe um momento, na passagem do filme, Giuliano Manfredini, numa pequena participação como um personagem secundário, em homenagem ao seu pai, Renato Russo, o olhar dele é tão impressionante que jamais vou esquecer, apesar de ser muito difícil por ser filho de uma grande estrela do rock e o intrometimento na vida pessoal, que talvez Giuliano não queira especular, relembrar lembranças de alguém que já se foi, então antes de mais nada, gostei dele no filme, por mais invisível que ele esteja, é essencial a presença dele.
     FAROESTE CABOCLO, estreia nacional, dia 30 de Maio em todos os cinemas do Brasil, não deixe de conferir é muito bonito ver esse trabalho, através de tantas divulgações, está na hora do povo brasileiro acordar e dar valor as nossas estéticas brasileiras, eu sempre digo para mim mesmo, eu acredito no cinema nacional e acredito no sucesso deste filme em todo o seu contexto e você vai deixar de ver? Não, então corra para assistir, procure o cinema mais perto de você.

VEJA AS FOTOS EXCLUSIVAS E TRAILERS INÉDITOS:

OLHA EU AÍ COM O GIULIANO MANFREDINI, FILHO DA GRANDE ESTRELA DO ROCK!!               (MOMENTO MAIS INCRÍVEL, ORGULHO DE MIM MESMO, :D)




























































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