quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Resenha crítica: ALITA - ANJO DE COMBATE


O ANJO MODERNO DE JAMES CAMERON E ROBERT RODRIGUEZ

                                       Por Érik Rodrigues



  Sob o comando do diretor mais intrigante de alguns anos pra cá, Robert Rodriguez (que já caminhou em terras fantasiosas comandando PEQUENOS ESPIÕES 1, 2 e 3 e o sombrio – e violento – SIN CITY ) temos agora ALITA – ANJO DE COMBATE. Eu imagino que você deve estar se questionando por dentro como um diretor consegue ter visão para um filme tão infantil e outro tão adulto, e que agora em Alita, ele caminha num tom mais neutro com pitadas de violência que tornou sua marca registrada, e acredite: deu certo!
  Além disso, temos como produtor e roteirista Jon Landau e JAMES CAMARON (de Avatar e Titanic), que é percebível o tom de aventura e realismo que é sua grande marca quando se trata de contar historias.  Tendo estes grandes nomes na produção, é inevitável dizer que sim, é uma obra que chama atenção.


   ALITA – ANJO DE COMBATE é uma adaptação baseada na série de mangás "Gunnm", escrito e ilustrado por Yukito Kishiro que foi lançado entre 1990 e 1995 e é mais uma vez o cinema moderno tentando trazer grandes obras para o cinema no estilo ´´das paginas para a tela gigante’’, e se tem algo que concordo é que para a experiência ser incrível precisa de fato ser vista na maior tela possível de cinema que você consiga ir, pois o mundo criado por James Cameron é impressionante, onde há momentos em que o realismo toma conta  dos seus olhos e você jura que tudo é real.


  A historia parte de um futuro distante cyberpunk com elementos apocalípticos, ambientado no ano de 2563 onde o médico Dyson Ido (interpretado pelo incrível Christoph Waltz) encontra um ciborgue quase destruído no ferro velho na Cidade de Ferro – um local empobrecido e lotado de cidadãos que querem de todo jeito subir para a sociedade de Zalem, a única cidade voadora remanescente após A Queda. Logo após o medico Ido levar o ciborgue para sua casa, ele o concerta, tendo assim o ´´nascimento’’ de algo que de inicio chama atenção pela qualidade técnica usada, mas que aos poucos vamos nos apegando e torcendo pela personagem. Sim, o nome dela é ALITA.



Pode se dizer que o inicio do filme até a metade são os melhores momentos da projeção, pois vai levando o telespectador de forma simples, nos aproximando de Alita, fazendo com que mesmo ela sendo um ciborgue, percebemos de forma clara o que ela sente, vive e descobre. Em meio a inúmeros personagens a historia vai perdendo a sua força, e deixando uma longa duração que pode deixar os apressados desanimados, pois o roteiro vai dando diversas voltas em meio a situações que já foram vividas, e dando a sensação de repetição de cenas, deixando o clímax final do filme bem abaixo do esperado.


  Com um pouco mais de 2 horas de duração, acredito que a trama seria mais leve e gostosa de acompanhar se alguns elementos não tivessem entrado para o filme, deixando até para serem questionadas ou resolvidas para as continuações (o que já existem planos para mais filmes). 
   ALITA – ANJO DE COMBATE é mais um filme diversão para curtir e se impressionar com efeitos visuais de primeira qualidade que vão deixar os telespectadores de boca aberta se  questionando por um bom tempo o que é computação gráfica e o que não é no decorrer do filme e claro, deixar todos encantado por Alita, a nossa protagonista  que mesmo sendo um ciborgue rouba a nossa atenção e o nosso coração quando se esta em tela, e se no final de tudo ainda fica aquela ponta de curiosidade para os desafios que vem pela frente, é graças a ela, que é interpretada de maneira brilhante por Rosa Salazar – de Maze Runner: A Cura Mortal).

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