O ANJO MODERNO DE
JAMES CAMERON E ROBERT RODRIGUEZ
Por Érik Rodrigues
Sob o comando do diretor mais intrigante de alguns anos pra
cá, Robert Rodriguez (que já caminhou em terras fantasiosas comandando PEQUENOS
ESPIÕES 1, 2 e 3 e o sombrio – e violento – SIN CITY ) temos agora ALITA – ANJO
DE COMBATE. Eu imagino que você deve estar se questionando por dentro como um diretor
consegue ter visão para um filme tão infantil e outro tão adulto, e que agora
em Alita, ele caminha num tom mais neutro com pitadas de violência que tornou
sua marca registrada, e acredite: deu certo!
Além disso, temos como produtor e roteirista Jon Landau e
JAMES CAMARON (de Avatar e Titanic), que é percebível o tom de aventura e
realismo que é sua grande marca quando se trata de contar historias. Tendo estes grandes nomes na produção, é
inevitável dizer que sim, é uma obra que chama atenção.
ALITA – ANJO DE COMBATE é uma adaptação baseada na série de
mangás "Gunnm", escrito e ilustrado por Yukito Kishiro que foi
lançado entre 1990 e 1995 e é mais uma vez o cinema moderno tentando trazer
grandes obras para o cinema no estilo ´´das paginas para a tela gigante’’, e se
tem algo que concordo é que para a experiência ser incrível precisa de fato ser
vista na maior tela possível de cinema que você consiga ir, pois o mundo criado
por James Cameron é impressionante, onde há momentos em que o realismo toma
conta dos seus olhos e você jura que
tudo é real.
A
historia parte de um futuro distante cyberpunk com elementos apocalípticos, ambientado
no ano de 2563 onde o médico Dyson Ido (interpretado pelo incrível Christoph
Waltz) encontra um ciborgue quase destruído no ferro velho na Cidade de Ferro –
um local empobrecido e lotado de cidadãos que querem de todo jeito subir para a
sociedade de Zalem, a única cidade voadora remanescente após A Queda. Logo após
o medico Ido levar o ciborgue para sua casa, ele o concerta, tendo assim o
´´nascimento’’ de algo que de inicio chama atenção pela qualidade técnica
usada, mas que aos poucos vamos nos apegando e torcendo pela personagem. Sim, o
nome dela é ALITA.
Pode se dizer que o inicio do filme até a metade são os
melhores momentos da projeção, pois vai levando o telespectador de forma
simples, nos aproximando de Alita, fazendo com que mesmo ela sendo um ciborgue,
percebemos de forma clara o que ela sente, vive e descobre. Em meio a inúmeros
personagens a historia vai perdendo a sua força, e deixando uma longa duração
que pode deixar os apressados desanimados, pois o roteiro vai dando diversas
voltas em meio a situações que já foram vividas, e dando a sensação de
repetição de cenas, deixando o clímax final do filme bem abaixo do esperado.
Com um pouco mais de 2 horas de duração, acredito que a
trama seria mais leve e gostosa de acompanhar se alguns elementos não tivessem
entrado para o filme, deixando até para serem questionadas ou resolvidas para
as continuações (o que já existem planos para mais filmes).
ALITA – ANJO DE
COMBATE é mais um filme diversão para curtir e se impressionar com efeitos
visuais de primeira qualidade que vão deixar os telespectadores de boca aberta
se questionando por um bom tempo o que é
computação gráfica e o que não é no decorrer do filme e claro, deixar todos
encantado por Alita, a nossa protagonista que mesmo sendo um ciborgue rouba a nossa
atenção e o nosso coração quando se esta em tela, e se no final de tudo ainda
fica aquela ponta de curiosidade para os desafios que vem pela frente, é graças
a ela, que é interpretada de maneira brilhante por Rosa Salazar – de Maze
Runner: A Cura Mortal).
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