sexta-feira, 15 de março de 2019

RESENHA CRÍTICA: A Mula (The Mule)



A Mula

                                      Por Camila Bernardi


            O filme dirigido por Clint Eastwood, conta a história de Earl Stone, um homem de oitenta anos, amante de paisagismo, aparentemente normal. Devido ao crescimento das vendas de internet, perde sua tão amada propriedade, e é obrigado a sair em busca de novas maneiras de se manter.


       Durante todo o decorrer do filme podemos notar, que Earl é um homem dividido, com sua família é distante e sempre ausente, isso fica evidente logo no começo da trama, porém com seus amigos é uma pessoa completamente presente e confiável. Earl durante toda a trama entra em conflito com sua filha e ex esposa, por nunca estar presente em momentos de extrema importância e isso parece que até então não o afeta.



  Clint Eastwood tem uma narrativa simples e utiliza artifícios bem comuns em suas historias como o patriotismo, e o preconceito oculto que os americanos ainda tem com latinos e negros. Temos aqui um personagem que o tempo todo tem boas intenções, mas sempre acaba fazendo as escolhas erradas.



 As escolhas erradas que Earl toma durante a sua vida, ficam mais evidentes quando percebe o tempo que perdeu apenas correndo pela recompensa financeira e material, e deixou de estar ao lado de sua família. O que se torna para ele um grande momento de mudança.



 A Mula é um filme muito reflexivo, nos faz imaginar o quanto de nossas vidas estamos valorizando apenas as recompensas materias, e deixando de lado aquilo que realmente importa, e que nenhum dinheiro no mundo pode trazer de volta, o nosso tempo com quem amamos.

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