Lee Daniels mergulha no seu mais profundo mundo sombrio
Baseado no romance de Pete Dexter, "The PaperBoy", traz um ótimo jornalismo investigativo
Por Guilherme de M. Corrêa
Foi selecionado para o Seleção Oficial Festival de Cannes 2012, foi indicado ao Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante, Nicole Kidman. Chegou oficialmente nesse fim de semana, dia 4 de outubro, no Brasil, em todos os cinemas, no mês de julho deste ano, chegou o livro.
Instigante. Sujo. Engajado. Belo. Misterioso. Obsessivo. Os espectadores que se preparem para o mundo jornalistico investigativo na grande realidade não é nenhum filme modesto estilo "James Bond", o jornalismo é tão belo e perigoso ao mesmo tempo em termos de liberdade de expressão que chega um momento que ele põe um fim na vida. Até onde você iria para conseguir o que deseja? Essa é frase do filme, caiu muito bem com o roteiro de Pete Dexter, também fez o roteiro, além de ter escrito o romance, ajudou na performance de Lee Daniels na direção.
O principal eixo do filme cair bem na originalidade e fugindo muito dos clichês cinematográficos sobre os limites e consequências do Jornalismo que marcaram a história do mundo, é que ele apresenta um ponto de vista diferente do que já foi visto em outros filmes do mesmo tema. O filme tem uma originalidade tão forte que faz qualquer jornalista brasileiro se lembra do Artigo 3° do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros: "Art. 3° - O exercício da profissão de jornalistas é uma atividade de natureza social sobordinado ao presente Código de Ética".
O instinto humano é tão fácil de desviar na hora de revelar uma verdade privada num jornal público que acaba tornando algo polêmico, acaba destruindo o grande objetivo no papel de jornalista social, é o que acontece com os personagens desse filme: Ward (Matthew McConaughey), jornalista de um grande jornal, conhecido como Miami Times, tudo começa com a volta para a cidade pequena, sua cidade Natal, para cobrir a prisão de Hillary Van Wetter (John Cusack), acusado e condenado à morte pelo assassinato do xerife local.
A obsessão começa, quando o seu irmão mais novo, Jack (Zac Efron) acaba se envolvendo com a mulher mais velha e misteriosa que mantém contato com o prisioneiro, através de cartas recheadas de fantasias sexuais bem pesadas. Charlotte Bless, interpretada pela nossa belíssima atriz, Nicole Kidman e as confusões jornalísticas com o amigo de Ward, Yardley Acheman (David Oyelowo).
Jack um garoto novo, cheio de complicações familiares, não vive como um jovem normal, após sua mãe ter saído de casa e largado tudo com o pai, então não se envolveu com nenhuma garota durante a vida toda com medo e perder o amor, igual perdeu sua mãe.
Um cenário completamente gótico sobre a vida aparentemente sossegada das cidades do interior. Um triller tenso até o último momento, que fala de corrupção e violência, mas que ao mesmo tempo promove uma lição de ética. Zac Efron está incrível em seu personagem, Nicole Kidman voltou com tudo nessa personagem sexy e misteriosa. E a incrível história da personagem Anita (Macy Gray), inclusive narradora da história do filme, empregada da família de Jack, que também é como uma mãe substituta para ele, envolvendo o preconceito contra os negros, que já era considerado crime.
Recomendado para todo o público de comunicação social em Jornalismo para o conhecimento do profissional e para uma vida inteira, espectadores saíram sem fôlego e com uma nova visão de mundo, como uma epifania obsessiva.
VEJA AS FOTOS E TRAILER DESSE OBSESSIVO FILME:
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